quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Ideal

Invento casos como invento canções. Da maneira mais bonita, mais poética, mais distante. Invento histórias impossíveis e não eternas, pelo simples fato de querer ter alguma coisa pra chamar de ideal.
Tenho todas as coisas que deveria ter, sou de todas as maneiras que poderia ser. Geralmente faço o que quero fazer.
Mas eu gosto mesmo é das estúpidas risadas exageradas em momentos divertidos, das ridículas maneiras agradáveis de tratar alguém. O cavalheirismo malicioso que não tem intenção nenhuma de durar pra sempre.
Alguns momentos. Idealizados como se fossem a última coisa que eu poderia ter.

Eu não quero alguém pra chamar de amor, não quero pertencer a nada além do destino. Queria apenas fingir não ligar pra nada e ver onde tudo poderia chegar, se chegar.

Eu poderia ter os momentos mais bonitos, com qualquer um que eu escolhesse, porque eu sei que não são poucos que esperam por uma chance.
Pessoas que batem na minha porta, que me prometem as mais lindas histórias de amor.
Mas eu não quero as mais lindas histórias de amor. Bastam-me risadas sem motivos, bastam-me abraços o dia inteiro, bastam-me palavras sem sentidos de algo passageiro.
E de tão pouco que desejo, chega a ser impossível. E de tão irônico que pode parecer,deixa o nascer do sol imprevisível.

Nenhum comentário: